09 October 2017

Ela Canela


Pelas minhas contas, este é o 10º novo café que eu falo aqui no MOI este ano.

Sabem que eu gosto sempre de partilhar sítios novos e giros que abrem em Lisboa. Mas sou muito picuinhas em relação a estas coisas, e gosto de escolher só o melhor para vocês.

Felizmente, estes novos cafés que têm aparecido na capital de Portugal, têm sempre passado no meu teste.

São localizados em sítios acessíveis e com uma redondeza apelativa. Têm todo um conceito pensado para o design do espaço – incluindo janelas grandes que deixam entrar muita luz. Têm por base um menu com opções saudáveis e frescas. E domina a simpatia no serviço. Confiremos na lista.


O Ela Canela, em Campo de Ourique, tem tudo para se vingar nesta minha lista e, daí, merecer pavonear-se no MOI com todo o orgulho.


Confesso-vos que já tinha vindo a este espaço, mas quando ainda era o Wasabi. Um sítio japonês com sushi e ramen noodles a preço exagerados. Na altura, não achei nada de especial a comida, mas vi um grande potencial na propriedade.

E, felizmente, a Joana e o seu sócio viram o mesmo. Os nativos do Porto decidiram abrir, em pleno bairro residencial de Campo de Ourique, um café com um design e um menu super clean.

O conceito gira em torna da confecção de pratos saudáveis (e não necessariamente vegetarianos) com ingredientes biológicos e locais. E, na sua maioria, com um toque de canela, claro.


A história que a Joana nos contou foi que desde miúda que gostava de pôr muita canela em tudo o que era comestível. E a sua avó dizia sempre, estupefacta, "ai lá esta ela e a canela".

Não só achei um amor o pequeno conto, como me identifiquei logo. Eu sou daquelas pessoas que despejam quase metade do frasco de canela em panquecas, café e batidos. Além da canela ser um ingrediente termogénico (ou seja, queima mais calorias do que as ingerimos), tem um sabor incrível. Por isso, quando descobri um sítio que tem como ingrediente base esta especiaria, não o tardei em visitar.

 

O Ela Canela serve refeições das 11 às 8 da noite, por isso, como podem imaginar, tanto se pode ir de manhã provar as panquecas de banana, quinoa e manteiga de avelã (ou umas ban' quecas) como pequeno-almoço, ou pelo meio-dia deliciar-se com uma tosta de abacate e ovo escalfado (ou um abancantandopara brunch, como se pode escolher de três pratos semanais para almoço (um de carne, outro de peixe e, ainda, um vegetariano) e de acordo com a estação, ou, ainda, provar uma taça de puré de maçã e gengibre com iogurte e granola caseira (ou uma amaçãda) para o lanchinho da tarde.

Aqui, não há falta de escolhas!


Além destas maravilhas que tomámos como lanche, bebemos ainda um sumo do dia de laranja, cenoura, maçã e curcuma – estava super fresco, doce ao natural e com um aroma ligeiro a curcuma – e um chá do dia com limão. 

Para sobremesa, a Joana deu-nos a provar uma bomba: a pérola negra. Um bolo feito com cacau cru e café e decorado com pistácios e pimenta rosa. Uma explosão de sabores em cada garfada e sem arrependimento.


Quando visitarem o espaço, não se esqueçam de reparar nos pormenores, como nas taças únicas onde serão servidos, no chão em madeira que faz de sombra do bar, no antigo candeeiro sueco de rua bem restaurado acima da mesa de grupo e nos livros diversos espalhados pelo café que enriquecem culturalmente a visita de qualquer um.


Rua Azedo Gneco, 74B, Campo de Ourique, Lisboa

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