Os últimos dois dias desta curta viagem foram passados entre Montmartre, Le Marais e o 1º arrondissement. Foi, também, o aniversário da minha amiga, e, na verdade, a razão pela qual lá me encontrava. Conhecemo-nos no ano passado em Paris e tornámo-nos amigas instantaneamente. Talvez por partilharmos dos mesmos gostos e por termos vontade de nos encontrarmos cada vez que surge oportunidade, apesar de vivermos em países diferentes (ela é polaca!).
Estes dias foram os tais em que consegui ver Paris despida. Pude observar que Paris já não é só propriedade dos parisienses. Claro que há sempre muitos asiáticos que vêm em grupos e exploram a cidade nos seus infidáveis autocarros gastando imenso dinheiro em malas de designer (mesmo não parecendo estarem dentro da Moda) e muitos americanos que pensam serem os melhores por terem sido eles a atravessar o oceano e querer agora planear uma vida de luxo europeu, comendo pizzas em Veneza e esquiando nos Alpes - isto foi, literalmente, algo que ouvi, não estou a inventar (claro que estou a generalizar, se te inserires nestes grupos, por favor, não te sintas ofendido, estou só a citar uma observação).
Mas a coisa principal que pude, com prazer, observar foi a nova geração de 'expatriados': ingleses impulsionados para singrar no negócio de coffee houses, criando um novo hábito para o apéro substituindo o antigo parisiense em cafés caros e com grãos café demasiado torrados. Os bairros esquecidos têm sido transformados em quartiers hipsters onde em cada rua escondida se podem encontrar 2 ou 3 destes cafés bem decorados, com uma atmosfera internacional, latte art, queques ingleses e baristas ingleses.
Apesar desta situação não ser idêntica à daqueles filmes em preto e branco que via de Paris (e que me formaram uma expectativa irreal desta cidade), é sempre refrescante ver duas culturas colidirem e terem êxito.
[EN]: The last two days of this short trip were spent between Montmartre, Le Marais, and the 1st arrondissement. It was also my friend's birthday, and actually the whole reason I was there. We met last year in Paris and became instant friends. For having the same tastes and willingness to meet with each other even though we live in different countries (she's Polish!).
These were the days where I could see Paris bare naked. I got to observe that Paris is not owned by Parisians anymore. Sure there's lot of Asian people who come in huge buses and move around town in a pack spending loads of money in designer bags (even though not seeming to be into fashion at all) and American people who feel the greatest for being the ones who crossed over the ocean and now are planning a whole European luxurious life of eating pizza in Venice and skiing in the Alps - this was, literally, something I eavesdropped on, one cannot make this stuff up (of course I'm generalizing, if you're inserted in these categories, please don't feel offended, it was just an observation).
However, the main thing I got to gladly observe was the new generation of 'expats': English folks driven to succeed in the coffee house business, creating a new habit for the old Parisian apéro time, which was established only at overpriced and too roasted coffee cafés. The forgotten neighborhoods are being transformed into hipster quartiers where in hidden streets, one can find 2 or 3 really nicely decorated cafés with an international vibe, latte art, English muffins and English baristas.
Although this wasn't the movie noir-Paris like I was expecting, it's always refreshing to see two cultures collide and succeed.
O segundo dia começou com uma grande subida à volta da Sacré-Cœur. Ainda não tínhamos comido nada, mas a beleza deste quartier fez-nos esquecer esse facto durante algum tempo. Tínhamos procurado cafés engraçados no Instagram e encontrámos o Hardware Societé, um café australiano fundido com o estilo parisiense. Uma decoração super clean e moderna, com mesas na esplanada e staff australiano. O sotaque é de se deliciar!
Logo quando vi que tinham matcha latte no menu (por €4), tive de pedir. A matcha é conhecida pelos seus poderes antioxidantes e por ser um substituto saudável do café. Para além do que tudo o que seja verde agradar-me.
Day 2 started with a long walk up and around Sacré-Cœur. We hadn't eaten yet, but the beautifulness of this quartier made us forget about it for a while. We instagrammed for cool places to drink coffee and came across Hardware Societé, an Australian coffee-shop infused with the Parisian style. With a clean and modern decor, outside tables and aussie staff. Their accent is so delightful!
As soon as I saw they had matcha latte on the menu (for €4), I had to order it. Matcha is known for its antioxidant powers and for being a healthy alternative to coffee. Plus, everything that's green pleases me.
Enquanto seguíamos direcções numa aplicação que nos salvou de nos perdermos (Citymapper), virámos as cabeças e demos de caras com a magnífica Sacré-Cœur. Apesar de já a ter visitado o ano passado, a sua grandiosidade deixa-me sempre de boca aberta. E a vista lá de cima? Incrível!
As we were following directions on our savior app (Citymapper), we turned our heads and there it was: the magnificent Sacré-Cœur. Although I had visited it last year, its greatness never ceases to amaze me. And the view from up there it quite something!
Parabéns, Joanna! (podes ver o blog dela AQUI)
Happy birthday, Joanna! (check her blog HERE)
De modo a conseguirmos aguentar o nosso longo e soalheiro dia, tivemos de fazer uma paragem obrigatória na Angelina. Esta casa de chá/pastelaria francesa, similar ao meu querido Ladurée, tem os doces mais requintados. É como comer uma peça de arte (por €8).
In order to keep up with our long and sunny day, we had to make a compulsory stop at Angelina. This french pastry tea house, suchlike my dearest Ladurée, has the most exquisite pastries. It's like eating a piece of art (for €8).
Deliciámo-nos com a nossa peça de arte do Jardins das Tuilleries, sentadas em cadeiras inclinadas com os pés na borda do lago. Este jardim é um dos preferidos para se andar, correr e até brincar. É tão grande que começa na Place de la Concorde e vai até ao Museu do Louvre.
We enjoyed our art piece at the Tuilleries Garden sitting at an inclined chair with our feet up to curb of the lake. This huge garden is a favorite to walk, run or even play. It is so big that starts at the Place de la Concorde and goes till the Louvre museum.
Outra paragem obrigatória foi ao Palais Royal (5 minutos a pé das Tuilleries). Lá tirámos a fotografia à blogger (a primeira da esquerda) e foi a vez da Joanna experimentar a matcha no Kitsuné (onde já lá tinha estado no ano passado, lembram-se?).
Another obligatory stop was the Palais Royal (5 minutes away from Tuilleries by foot). There we took the blogger picture (the first on the left) and it was Joanna turn to try matcha at Kitsuné (where I have been last year, remember?).
A próxima coisa na nossa lista era subir ao terraço do terceiro Printemps (Maison) e ver, mais uma vez, esta cidade gigantesca do um topo. Aqui pudemos ver todos os cantos de Paris: a Torre Eiffel, a Sacré-Cœur, Madeleine, Tuilleries e a La Défense (o canto financeiro).
Next thing on our list was to climb to the rooftop of the third Printemps (Maison) and watch, once again, from above, this huge city. Here we saw all corners of Paris: Tour Eiffel, Sacré-Cœur, Madeleine, the Tuilleries, and La Défense (the financial side).
O nosso dia finalizou no meio de toda a confusão perto da Torre, onde França jogava nesse dia para o Euro2016 e onde toda a gente estava a gritar e a correr com as bandeiras dos seus países. Ficámos lá até o sol se pôr, aproveitando aquela vista única e não acreditando que estávamos, mais uma vez, tão perto do símbolo icónico desta cidade única.
Our day ended up getting into the huge confusion there was near the Tower, where France was playing for the Euro2016 and everyone was shouting and running around with their countries' flags. We stayed there until the sun set, enjoying the view and not believing we were once again so near this unique city's iconic symbol.